domingo, setembro 25, 2011

A primavera em potes de barros


A primavera chegou no meu quintal, ainda um pouco lentamente mas o suficiente para alegrar os meus olhos. Hoje cedinho não se podia ignorar o chamado do bem-te-vi, o ventinho agradável e o sol formigando de leve a pele.

Buganvília
 
Cossandra

Kalanchoe



Hibisco



Falso-lírio, falso-íris, lírio-roxo-das-pedras, pseudo-íris-azul, lírio-roxo-das pedreiras...

ou marica (Luana quem me deu a muda)

Nome científico: Neomarica caerulea. Origem: Brasil. Ciclo de vida: perene.


 Flores pouco duráveis, que abrem de manhã e fecham à tarde.
Floração mais abundante na primavera e no verão.
Azuizinhas

 
Lantanas amarelas


 
Lantanas brancas...

 
... e lilases





... e beijinhos!

Fotos: Bete Padoveze




sábado, setembro 24, 2011

O prazer das coisas simples

Gosto das coisas simples. Formas, cores, texturas... Há uma riqueza escondida nelas e o olhar, a mão, enquanto procuram descobrir essa riqueza, sentem a intensidade de sua composição. É uma intensidade que acalma os sentidos e produz uma sensação de segurança.

Para se chegar à simplicidade, há um complexo processo. A gente pode sentir isso na vida da gente: procura-se o sofisticado para depois chegar-se à conclusão que preferimos o simples. Um exemplo: quem não aprecia um pós-Natal com a simplicidade do arroz/feijão/bife depois das delícias extravagantes dos almoços e ceias?

A vida é simples – depois que a gente aprende a relevar as coisas complexas...
Como ia dizendo, gosto das coisas simples, cores sólidas, formas definidas. Por exemplo, a simplicidade de um copo de vinho. A forma espetacular de um copo transparente de cristal ou vidro e a magnífica e límpida cor da bebida. A garrafa, em seu característico e atemporal formato, ajuda a conferir ao ato de beber vinho uma simplicidade requintada e natural.




Há outras coisas simples que curto muito: uma fatia de queijo, por exemplo. Dos milhares que existem por aí, acho que apreciaria todos. Basta uma simples fatia, que a gente leva à boca segurando com as mãos. Se a juntarmos à simplicidade do pão e à do vinho, estaremos todos (o queijo, o pão, o vinho e eu) passando momentos bem agradáveis.



Outra: uma simples barra de chocolate. Sem frescuras e enfeites, só ele – convidativo na sua cor morena e textura lisinha. Derreter o chocolate na boca me derrete por dentro também.





Mais simplicidade?

Café.
Outro moreno-brasil com um aroma de acordar os sentidos e o corpo todo.










Como vocês podem ver, a gente pode ser feliz com coisas simples.

PS 1) Esta crônica me foi inspirada por um jantar entre amigos: o Luiz e Inês, mais a Da. Dora, mãe da Inês, minha irmã Tere e seu marido Zé Carlos. Boa comida, boa conversa e bom vinho...

PS 2) E você, meu querido leitor ou leitora, não gostaria de me falar sobre as coisas simples que lhe fazem feliz? Eu, da minha parte, ficaria muito feliz em receber seus comentários!
Fotos e texto: Bete Padoveze

sábado, setembro 17, 2011

Fotos que curti

Flores do casamento da Janaína e Laércio


Não foram convidados...

... mas curtiram a festa.

Fotos: Bete Padoveze

O que fazer enquanto se espera


Depende do que você espera.

Se você espera uma criança, ou seja, um bebê (portanto, minha leitora, você é mulher – até que a ciência bagunce tanto a ordem natural que você, meu leitor, homem, possa também gerar uma criança...), espere alimentando-se e dormindo bem, tornando confortável e seguro o cantinho do baby, seja o de dentro de você ou o de fora. Azul, rosa, lilás, verde, amarelo, branco, salmão, nada disso importa – o que importa é o amor que você coloca em cada pensamento e gesto. 

Enquanto espera que lhe façam um jardim, a flor floresce em qualquer canto (Bete Padoveze)
 
Se você espera o ônibus, espere lendo ou ouvindo música. Se estiver ouvindo música, tenha cuidado com seus ouvidos – se você estourar seus tímpanos agora, quando estiver velhinho/a vai sentir muita falta deles. Lembre-se também que os outros não estão interessados em saber que música você está ouvindo, portanto, abaixe o volume. Se você estiver lendo, não se esqueça de ter um olho no gato e outro no peixe, ou seja, olhos no livro e também nas pessoas que passam ao seu redor. Sabe como é, a ocasião faz o ladrão, ou seja, a sua distração pode ser a oportunidade que o larápio (!) estava esperando.

Se você espera no médico, isto é, na sala de espera, leve uma leitura de casa ou ouça música. Ninguém merece aquelas revistas velhas de consultório. Ninguém merece ler assuntos médicos com aquelas fotos de casos médicos. Ninguém merece ficar mais assustado do que já está. Ninguém merece esperar tanto tempo pelo médico, enquanto seu trabalho, sua vida, todo mundo está esperando por você. Esperar tanto tempo pelo médico me deixa doente...

Se você espera o Mr. Right ou a sua Princesa, espere aproveitando a vida. Ele ou Ela podem nunca aparecer. Se Ele/Ela chegar, vão encontrar você já feliz, não terão muito trabalho. E se Ele/Ela não chegar, tudo bem, você já é feliz, então tá tudo bem!

Voltando de Rio das Pedras (Edu Deffanti)
Se você espera a banda passar para depois sair dançando, cheque bem o horário, pois é chato ficar esperando por algo que já passou. Se você espera a banda passar para depois se decidir se gosta da música ou não, lembre-se que pode não ser o que você espera. Portanto, faça algo bom e produtivo enquanto espera. Quem sabe a sua resposta já está aí...

Se você espera a chuva passar para poder sair, compre um guarda-chuva. Isso lhe dará mais opções. E se realmente tiver que esperar, faça algo bom ou produtivo enquanto espera. Ou leia. Ou ouça música. Ou pense em como a chuva que cai lá fora é a resposta que muita gente está esperando para muitos problemas.

P.S.  Penso nisso enquanto espero pelo médico que marca consultas em maior número do que pode atender e mais  um mooonte de retornos entre as consultas, enquanto meu chefe espera por mim, ou meus alunos esperam prá saber se conseguirei chegar na hora marcada, ou alguém de casa espera pelo carro que está comigo, enquanto as horas vão passando na sala de espera.

P.S. Desesperar jamais

Janaína e Laércio




Pode parecer estranho eu querer falar algo num casamento, já que não sou mais casada há muito tempo. Também tenho pouca experiência no assunto, pois só me casei uma vez...


 
Mas há uma coisa sobre a qual eu posso falar: felicidade.




Felicidade é uma palavra abundante, pois a gente a encontra em todo lugar. Felicidade é substantivo que a gente deve escrever com letra maiúscula por que é de importância capital e também com inicial minúscula por ser um estado do dia-a-dia.





Feliz é um adjetivo tão versátil que a gente emprega com vários verbos: ser feliz, estar feliz, ficar feliz, dormir feliz, fazer feliz.



A felicidade é um bem precioso, que a gente deve cuidar e polir diariamente para que o tempo, a rotina, o pó das desavenças, não tirem o seu brilho. Ao mesmo tempo, a felicidade é como água – a gente a encontra nos vários estados: líquido, sólido, gasoso e fervente, está em todo lugar de nosso planeta e nosso universo, mas desaparecerá, se não cuidarmos dela.




Podemos ser felizes sozinhos.
Mas podemos ser ainda mais felizes a dois. Dois é muito mais do que um-mais- um, portanto, serão duas pessoas a cuidarem da felicidade, da sua própria e da do outro.


É só isso que posso dizer a vocês dois, Laércio e Janaína: a partir de agora, cada um de vocês é responsável pela sua própria felicidade e pela felicidade do outro! Sejam verdadeiros um com o outro, mas gentis,  e muito, muito felizes!

Fotos e texto: Bete Padoveze
Local:  Estação Marupiara, Joaquim Egidio, Campinas, SP

quarta-feira, setembro 07, 2011

Alimentando minhas manias


Tenho muitas manias, como todas as pessoas normais. Fale a verdade, você também tem uma mania, não é?

Qual é a sua? deixar os sapatos ou chinelos bem arrumadinhos lado a lado? procurar arrumar todos os quadros da parede que estão tortos? arrumar os cabides no armário numa posição só? arrumar os livros da estante bem arrumadinhos por tamanho - e provavelmente nunca lê-los? Conta, vai... tô curiosa!

Uma das minhas diz respeito a xícaras e canecas, ou coisas relacionadas a café e chá. Bem, a meu favor, posso dizer que não é uma mania muito esquisita, já que café e chá são bem gostosos e hoje há um mundo inteiro querendo desenvolver essas manias nas pessoas - veja a cada dia como cresce o mercado dos produtos, acessórios, coffee shops, cafés, livrarias-café, tea rooms, tea parties, salões de chá e padarias com infinitas opções de delícias.


Eu já gostava disso antes de virar moda. Desde bem pequena curtia as xícaras de minha vó Dona Fina e das suas amigas, quando ela me levava junto em suas visitas. Tenho canecas, principalmente, e em muitas cores - azul, preta, vermelha, cinza, amarela, laranja, bege, verde, lisa, florida, com dizeres, com grafismo, da França, do Canadá, dos Estados Unidos, da Itália, do Japão, do México, da China, do Chile, da Dinamarca, de Vancouver-Canadá,...

Tenho um par de xícaras super especiais, que ganhei de presente de casamento de minha amiga Ângela Stocco. A mãe dela as tirou de um jogo de jantar que, à época, tinha 50 anos. Hoje, essas xícaras tem cerca de 85 anos, dos quais 35 comigo.


O caminho de mesa (table runner) foi comprado numa lojinha de patchwork em Pedreira. 

 No meu último aniversário, na segunda-feira, dia 05, meus filhos adicionaram mais dois elementos à minha mania. O Breno e a Denise me deram uma xícara vermelha para chá com deliciosos chás ingleses e geléias. (No fundo da foto, dá prá ver uma garrafinha de aguardente e dois porta-guardanapos do casamento do meu amigo Rogério, aonde não cheguei pois sofremos - Edu e eu - um acidente no caminho de ida (o Rogério foi gentil e me trouxe alguns souvenirs do casamento, já que é conhecedor de algumas das minhas manias)). De quebra, no conjunto de chá, alguns petit-fours amanteigados muito bons!



O café sai quentinho e saboroso 

O Edu e a Luana me presentearam com algo muito interessante, que já se incorporou ao meu dia-a-dia. É um mini-espresso da Imaginarium, que prepara dois cafés e já os coloca nas xicrinhas. Sem necessidade de energia elétrica, direto no fogão. Economia de pó, de filtros e - mais importante - faz um café muito saboroso. Nada como ser moderna.

Pois é, com tantas xícaras e canecas e etc., é só esperar agora os amigos virem aqui para saborear um cafezinho comigo e tirar uns dedinhos de prosa. Apareçam!

Fotos e Texto: Bete Padoveze

oo0oo


Atualização em 06.02.2015:

Coincidências existem: as duas irmãs Marta e Tere me presentearam em datas diferentes com o tema de Girassóis de Van Gogh: Marta trouxe a bandejinha da Holanda e Tere me deu a caneca (além de outra com uma obra de Monet). Assim, o bichinho da mania vai crescendo...